Em mais um passo decisivo na luta contra a desinformação sobre o agronegócio presente nos livros didáticos e paradidáticos, o deputado federal Tião Medeiros (PP-PR) anunciou uma parceria inédita com a Câmara Brasileira do Livro (CBL). O objetivo é discutir soluções para garantir mais precisão, qualidade e transparência nas informações acessadas por crianças e jovens da rede pública de ensino.
Um levantamento realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), a pedido da Associação De Olho no Material Escolar, revelou que 96% das informações sobre o agronegócio nos livros didáticos apresentam erros pedagógicos, vieses políticos ou ideológicos, além de dados imprecisos, desatualizados ou até ausentes.
Segundo Tião Medeiros, os representantes da CBL que participaram de reunião em seu gabinete, em Brasília, compreenderam a urgência de corrigir essas distorções contra o setor agro presentes nos materiais educacionais. “Esses conteúdos afetam diretamente a compreensão dos estudantes sobre a atividade que mais gera riqueza ao país”, ressaltou o parlamentar.
Como resultado, ficou firmado o compromisso de realizar um seminário nacional com a presença de autores de livros didáticos e paradidáticos. O evento deverá contar com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), embora a data ainda não tenha sido definida.
“O Brasil não pode ter adversários dentro do mesmo time. Se há algo que nos projeta no cenário internacional é o agronegócio, pela sua capacidade de produzir e exportar. Temos que nos orgulhar: o agro é arrimo da sociedade, um motor de desenvolvimento social no interior do país. Onde o agro vai bem, a sociedade vai bem. Os livros didáticos são fundamentais para que crianças e jovens compreendam isso”, afirmou Tião Medeiros.
A preocupação com a desinformação contra o agronegócio tem sido recorrente entre os parlamentares da bancada ruralista. Nesse sentido, Tião Medeiros é autor do Projeto de Lei nº 2272/2023, que proíbe a inclusão de informações sem embasamento científico ou técnico nos livros didáticos e cria uma ouvidoria para receber denúncias.
Atualmente, a proposta está em análise na Comissão de Administração e Serviço Público (Casp) da Câmara dos Deputados, sob relatoria do deputado federal Coronel Meira (PL-PE).
