Em tempos de Coronavírus uma das grandes preocupações é com a saúde mental das pessoas. Neste momento de incertezas sobre o futuro, somado ao isolamento social que alterou a rotina de todos, o ritmo de trabalho, a vida social e principalmente o contato afetivo, sentimentos como o medo, insegurança, tristeza, ansiedade tendem a aparecer ou a ser ainda mais intenso em pessoas que já possuem algum tipo de transtorno, como a depressão por exemplo.
Uma publicação na revista científica The Lancet aborda os sintomas mais presentes na sociedade depois do período da epidemia de SARS (Síndrome Respiratória Aguda) que surgiu em 2002. De acordo com o estudo, os efeitos psicológicos negativos do isolamento incluem estresse pós-traumático e depressão.
Segundo a psicóloga Sandra Mosello o modo como cada sujeito vai reagir ao estado atual de isolamento social não vai ser muito diferente de como age no seu cotidiano diante de situações difíceis. “O que preocupa mais, neste momento, são os acúmulos de agentes estressores para além da quarentena, como qual a situação econômica da pessoa ou como este momento afetará sua renda. Acredito que um grande problema a ser enfrentado seja a sobreposição de fatores e a duração desta situação”, completou.
Andrea Guimarães, também psicóloga, disse que algumas medidas importantes podem ser adotadas no dia a dia para ter uma melhor qualidade de vida neste período e cuidar da saúde mental. Evitar o bombardeio de informações, estabelecer uma rotina, aproveitar o tempo em família e praticar atividade física de pelo menos 30 minutos por dia são algumas das recomendações.
Esta matéria vem a ser uma abraço cuidadoso em todos aqueles que estão em quarentena, fazendo sua parte, para o bem estar de todos.