Apesar do volume de recursos maior em relação a 2023, e da equalização, o Plano Safra 2024/2025 falha na taxa de juros, que se mantém alta, e no seguro rural, cujo valor é abaixo das expectativas dos produtores rurais, diante das crises climáticas no país.
A avaliação é do deputado federal Tião Medeiros (PP-PR), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) do Congresso Nacional. “O Plano Safra deste ano avança em algumas áreas e comete falhas graves em outras”, pontua.
O novo Plano Safra, lançado no dia 3 de julho, tem volume total de R$ 400,59 bilhões destinados ao crédito rural da agricultura empresarial: 9,7% acima dos R$ 364,2 bilhões ofertados no Plano Safra 2023/2024.
São R$ 293,29 bilhões para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões para investimentos.
Apesar da redução da Taxa Selic, atualmente em 10,50% a.a., as taxas de juros do Plano Safra 2024/2025 permaneceram inalteradas em relação ao plano anterior, exceto para o Moderfrota, destinado aos grandes produtores, que teve uma redução de 1%.
Com exceção do Moderfrota e dos juros controlados, todas as linhas anunciadas pelo Governo estão abaixo das expectativas.
SEGURO RURAL
O seguro rural é um dos pontos críticos do novo Plano Safra. O Governo Federal anunciou subvenção de R$ 1,16 bilhão, porém, diante da redução no número de produtores cobertos pelo Proagro e da pressão sobre os recursos do Programa de Seguro Rural (PSR), havia a expectativa dos produtores rurais de R$ 3 bilhões para atender as demandas, que não foi atendida.
“O seguro rural é cada dia mais importante. O homem do campo precisa plantar com a garantia de um seguro, mas nao há previsão de um valor suficiente”, afirmou.