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Deputado Federal Tião Medeiros

Importação de arroz para revenda a preço subsidiado é tema de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr) da Câmara dos Deputados realiza nesta terça-feira, dia 18 de junho, às 10h15, uma audiência pública para debater os impactos sobre o agronegócio da iniciativa do Governo Federal de comprar um milhão de toneladas de arroz importado, sob o argumento de evitar a escassez do grão no país, por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, e garantir o abastecimento interno regular.

LEIA O REQUERIMENTO NA ÍNTEGRA

A audiência pública foi proposta pelos deputados federais Tião Medeiros (PP-PR) e Coronel Meira (PL-CE).

O setor arrozeiro critica a medida, pois a safra local, apesar das perdas com a crise climática, seria suficiente para atender à demanda interna. A importação de arroz subsidiado pelo Governo Federal desestimula a produção local e prejudica as próximas safras.

“Importar arroz é uma medida política equivocada, que prejudica não só o setor arrozeiro do país, mas o agronegócio como um todo. Nesta audiência, queremos avaliar os impactos da medida provisória que está em vigor”, explica Tião Medeiros.

No requerimento, ele solicitou a presença de representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra); da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul); e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

CANCELADO

Por meio de medidas provisórias, o Governo Federal destinou R$ 7 bilhões para importar arroz. No dia 6 de junho, a Conab realizou um leilão para a compra de 263 mil toneladas. O certame foi cancelado no dia 11, após a divulgação na mídia de falhas técnicas e da suspeita de favorecimento.

A Conab falhou ao não analisar previamente a capacidade técnica e financeira dos participantes do leilão. Os arrematadores dos lotes eram empresas pequenas, sem experiência e nem fôlego financeiro para cumprir os termos do contrato.

Em seguida, foi descoberto que o sócio da corretora que intermediou o leilão é advogado do então secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, responsável pelo certame. Ele pediu demissão do cargo. Neri Geller também foi convidado para a audiência pública na Capadr.

“Diante da sucessão de erros, é importante que o Governo Federal reavalie a sua estratégia e dialogue com o setor produtivo. A Comissão de Agricultura entra neste debate para trazer soluções que possam beneficiar a todos”, destaca Tião Medeiros.

 

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