O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, deputado federal Tião Medeiros (PP-PR), afirmou que o valor disponível no Plano Safra 2023/2024 é abaixo do esperado, mas reconheceu o esforço Governo de consolidar a agricultura como segmento essencial para o desenvolvimento da economia brasileira.
“Estamos no caminho entre o ideal e o possível. Há um esforço do Governo, isso há de ser reconhecido, mas ainda não foi alcançado o volume que se esperava”, disse o parlamentar de Paranavaí/PR.
De acordo com o Governo Federal, o aporte de recursos do Plano Safra 2023/2024 é 27% maior em relação ao ano anterior, que foi de R$ 287,1 bilhões. Todavia, os setores do agro esperavam um Plano Safra mais robusto, entre R$ 430 bilhões e 470 bilhões, para contemplar investimentos em equipamentos e armazenagem, diante da safra recorde deste ano.
As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 12% ao ano, o que preocupa os empresários, disse Tião Medeiros. Aos produtores rurais enquadrados no Pronampe, os juros serão menores, 8% ao ano. Para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12,5%. Há também incentivo a projetos sustentáveis, com a redução de 0,5% dos juros.
“As equalizações não são robustas, como o mercado esperava. Mas o que foi apresentado pelo Governo representa uma valorização da agricultura, e isso passa pela oferta de crédito. Fica o nosso reconhecimento e a esperança de que amanhã possamos completar o Plano Safra na integralidade, com mais valores disponibilizados ao produtor”, afirmou.